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  • Foto do escritorDr. Jorge Lyra

Fique bem informada: câncer de vulva e vagina

Atualizado: 26 de mai. de 2018

A saúde íntima feminina é uma questão delicada e que envolve muitas variáveis. A região genital da mulher é uma das áreas mais propensas a doenças e infecções, sendo as mais comuns a candidíase e a infecção pelo HPV (Papilomavírus Humano). Mas é importante ficar atenta, pois tanto a vagina quanto a vulva também podem ser acometidas por problemas mais graves, como o câncer.


Neste artigo, vamos falar sobre dois tipos de neoplasias raras, o câncer de vulva e o de vagina. Segundo estimativas o câncer de vulva é responsável por 0,5% dos casos de câncer nas mulheres e corresponde a 5% dos tumores ginecológicos. Já o câncer de vagina, representa cerca de 1% do total de tumores ginecológicos diagnosticados, podendo ser considerado uma doença primária ou secundária (quando se origina a partir da disseminação de tumores localizados em outras regiões do corpo).

São raros e não apresentam sintomas característicos em sua fase inicial

Quais são os fatores de risco


As causas destes tipos de cânceres são variadas, mas acredita-se que a infecção por HPV seja o principal fator de risco para a doença, embora seja uma infecção muito comum, em alguns casos ela pode evoluir para algo mais sério, principalmente quando a infecção é persistente e causada pelos subtipos do papilomavírus com potencial para causar câncer.


No caso do câncer de vagina, além da infecção HPV, existem outros fatores de risco como histórico de lesões pré-cancerígenas, antecedentes de cânceres de colo de útero, múltiplos parceiros sexuais, início da atividade sexual precocemente, mulheres imunossuprimidas, tabagistas e idade avançada (mulheres com mais de 60 anos).

Já o câncer de vulva, os demais fatores de risco ainda são desconhecidos, mas acredita-se que as demais causas podem estar relacionadas a ocorrência da doença, como mulheres imunossuprimidas, histórico de lesões vulvares pré-cancerígenas, lesões de pele envolvendo a vulva, pacientes que tiveram câncer na cervical, atrofia vulvar devido ao hipoestrogenismo (diminuição dos níveis do hormônio estrogênio circulante na corrente sanguínea), tabagismo e idade avançada (a partir dos 65 anos).


Como detectar precocemente


Tanto o câncer de vagina como o de vulva são de difícil diagnóstico, pois não apresentam sintomas característicos em fases iniciais. Porém como vimos anteriormente, o HPV é um dos seus principais fatores de risco da doença, assim a melhor forma da detectar precocemente e de prevenir a doença é através da realização periódica do exame preventivo (Papanicolau), a visita regular ao médico ginecologista para os checapes ginecológicos, além de mudanças de algum hábitos do dia a dia como o tabagismo.


Esteja atenta aos principais sintomas


Esse tipo de tumor não costuma apresentar sintomas marcantes, principalmente em sua fase inicial, o que dificulta o seu diagnóstico precoce. Porém, as mulheres devem procurar orientação médica imediata em caso de coceira ou sensação de queimação na vulva, sangramento não relacionados ao período menstrual, alterações na cor da pele dos grandes lábios, alterações na superfície da pele da vulva, presença de nódulos, dor pélvica, dor ao urinar ou desconforto durante a relação sexual.


É importante que você entenda que esses são sintomas que podem aparecer em diversos problemas que acometem a região íntima feminina. Por isso, você não deve se desesperar, mas deve procurar atendimento especializado o quanto antes, pois somente o médico poderá solicitar os exames pertinentes para confirmar o diagnóstico – como o Papanicolau, a colposcopia e uma biopsia da região.


Tratamento: como funciona


Sendo confirmada a neoplasia maligna na região o tratamento irá depender de fatores como o estagiamento da doença, as condições físicas do paciente, o seu histórico médico e o grau de invasão e agressividade do tumor. Geralmente quando a doença é detectada em seu estágio inicial a cirurgia é o procedimento mais indicado, pois através dela o tumor e os gânglios linfáticos afetados (se necessário) poderão ser removido completamente, podendo ser acompanhada do tratamento radioterápico.


Fonte: Inca (Instituto Nacional do Câncer) e Hospital Israelita A. Einstein.

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