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  • Foto do escritorDr. Jorge Lyra

Câncer de Pulmão

A prevenção e a detecção precoce só dependem de você!

O câncer de pulmão é um dos tipos de câncer mais comum na população mundial. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a cada ano o número de novos casos no mundo sobe em 2%, representando cerca de 1,8 milhões de casos diagnosticados. No Brasil, em 2018, são esperados mais de 31.200 novos casos de câncer de pulmão. Do total de doenças confirmadas, mais da metade dos pacientes infelizmente acabam não resistindo. Além da grande incidência, o câncer de pulmão é considerado um dos tipos de câncer mais letais que existe.


Principais fatores de risco do câncer de pulmão


Um dos maiores vilões quando o assunto é câncer de pulmão sem dúvida é o tabagismo, cerca de 90% dos casos diagnosticados estão diretamente associados ao consumo do tabaco e seus derivados, como cigarro, cachimbos, charutos e narguilés.


Lembrando que o risco do desenvolvimento da doença é tanto para o fumante ativo como o passivo. Hoje o fumante passivo representa uma boa parte dos casos, ou seja, são pessoas que não fumam efetivamente, mas que convivem com a fumaça do cigarro constantemente, seja em casa ou no trabalho. O risco de ter a doença para esses indivíduos é três vezes maior do que o de alguém que não é exposto. Já para o fumante ativo, o risco aumenta entre 20 e 60 vezes dependendo da quantidade de cigarros consumidos diariamente.


Outro fator a ser levado em consideração é a genética. Irmãos, irmãs e filhos de pessoas que tiveram a doença têm um risco aumentado de desenvolvê-la, por este motivo é importante ficar alerta e adotar hábitos saudáveis, além de realizar consultas e exames médicos periodicamente.


A prevenção depende de você!


Como você percebeu o tabaco é o responsável por 90% dos casos da doença, portanto a prevenção começa pelo simples hábito de não fumar. Entre outros fatores que ajudam a prevenir o câncer de pulmão estão:

- A realização de checapes e exames médicos regulares;

- Adoção de uma dieta equilibrada, diversificada e com alta ingestão de frutas, verduras e legumes;

- Evitar ficar em ambientes fechados onde tenham fumantes e fumaça de tabaco ou de seus derivados;

- Tomar cuidado com substâncias químicas como urânio, níquel, éter, cromo e gases, encontrados principalmente em determinados ramos de trabalho;

- A alta poluição do ar também pode contribuir para o aparecimento de infecções pulmonares de repetição que aumentam o risco da doença. Portanto, se você puder, fique distante dessas áreas;

- Controlar a deficiência de vitamina A ou seu excesso;

- Doenças crônicas e obstrutivas nos pulmões também aumentam o risco, como o enfisema e a bronquite crônica. Logo o acompanhamento médico é muito importante.


Sinais de alerta e diagnóstico


A detecção precoce do câncer de pulmão é muito difícil, pois, geralmente, seus sintomas e lesões só se manifestam quando a doença já está em um nível mais avançado. Logo, o indicado é que fumantes ou ex-fumantes façam checapes médicos anualmente, principalmente após os 55 anos, mesmo que não apresentem sintomas. O mesmo vale para quem está no grupo de risco genético.


É importante também ficar atento aos sinais como: tosse, falta de ar, chiado na respiração, dor no peito, sangue nas secreções, sangramento pelas vias aéreas, pneumonia de repetição, perda rápida de peso, diminuição do apetite e crises de tosse sem motivo aparente, pois pode indicar que algo não está bem com os pulmões. Nesses casos, é fundamental procurar atendimento médico o quanto antes para acompanhamento e avaliação.


Entre os exames que podem ser usados para o diagnóstico estão:

- Raio-X do tórax;

- Tomografia computadorizada;

- Broncoscopia, que é uma endoscopia das vias respiratórias. Nela o médico terá uma visão completa do interior dos brônquios e poderá realizar uma biópsia caso seja encontrada alguma lesão suspeita. O exame é feito com anestesia local e sedação do paciente;

- Punção percutânea, pode ser feita no lugar da Broncoscopia, dependendo da localização do tumor. É feita com anestesia local, tem baixo risco e é onde será coletada uma amostra da lesão através da introdução de uma agulha no tórax.


Os tumores do câncer de pulmão possuem grande variedade e somente a biópsia é capaz de identificar a sua patologia. Além da citologia, é preciso checar o estadiamento da doença e a extensão da lesão, geralmente feitos por exames de sangue, histologia, dosagens enzimáticas e exames radiológicos e de imagem como a ultrassonografia.


De forma resumida,os estágios do câncer de pulmão variam de I ao IV, com variações de A e B, que indicam o tamanho e localização do tumor:

I – Indica os tumores iniciais, mais difíceis de diagnosticar;

II – São lesões maiores, mas restritas aos pulmões;

III – São aquelas tumorações que já invadiram o tórax;

IV – Mais grave. É o estadiamento onde já existem metástases, que geralmente se localizam nos ossos, fígado e cérebro. Nesse estágio é fundamental a realização do PET-CT para pesquisar onde estão as metástases.


Apenas com essas informações em mãos é que será possível determinar qual será o tratamento indicado.


Entenda como é feito o tratamento


O tratamento irá depender muito do estágio da doença e condições físicas do paciente, sendo primeiramente analisado pela equipe médica. Quando o tumor encontra-se restrito aos pulmões, a cirurgia é a melhor forma de evitar o seu progresso, pois através dela a lesão será retirada com margem de segurança, além dos linfonodos próximos ao pulmão comprometido, o que evitará a progressão do câncer. Podendo após ser associada ao tratamento quimioterápico e a radioterapia, pois eles ajudarão a controlar o avanço ou a minimizar suas consequências da doença.


Faça a sua parte e fique longe do tabaco para se prevenir. Acompanhe o blog e tenha acesso a informações que podem salvar vidas. Até a próxima!

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